14 março, 2011

Dia da poesia

Como hoje e dia da poesia, busquei na net algo bem lindo sobre animais e achei esse lindo poema, escrito em 1808 por Lord Byron, o famoso poeta britânico. Chamado Epitáfio para um cão, o texto foi escrito após a morte de Boatswain, o melhor amigo de Byron, que acabou falecendo, depois de contrair raiva. O cachorro, que era da raça Terra Nova (foto acima), morreu com apenas 5 anos de idade. E uma HOMENAGEM a ele e a todos os nossos amigos que passaram por nossa vida um dia.

Abaixo a tradução do poema:
O que se lia sobre o túmulo do cãozinho era mais ou menos assim:

“Epitáfio para um cão ”



Perto deste local estão depositados os restos mortais daquele

que possui a beleza, sem vaidade

Força sem insolência

Coragem sem ferocidade

E todas as virtudes do Homem, sem seus vícios.

Este elogio, que seria uma adulação sem sentido

se fosse escrito sobre cinzas humanas,
é apenas um justo tributo à Memória de
BOATSWAIN, um cão,

Que nasceu em Newfoundland, em maio de 1803

e morreu em Newstead no dia 18 de novembro de 1808.

Quando algum orgulhoso Filho do Homem retorna a Terra,

Desconhecido pela Glória, mas sustentado pelo Berço,

A arte do escultur exaure a pompa do infortúnio,

E urnas enfeitadas registram aquele que descansa abaixo.

Quando tudo termina, sobre a Tumba é visto,

Não o que ele era, mas o que ele deveria ter sido.

Mas o pobre Cão, em vida, o amigo mais firme,

O primeiro a dar as boas vindas,
à frente para defender,

Aquele cujo o honesto coração ainda é do seu dono,

Que trabalha, luta, vive, respira só por ele,

Sem honra se vai, todo o seu valor despercebido,

Negada no Céu a Alma que ele tinha na terra
–
Enquanto o homem, inseto fútil!
Espera ser perdoado,
E reivindica para si um paraíso exclusivo.
Ó, homem! frágil e breve inquilino,

Rebaixado pela escravidão, ou corrompido pelo poder
–
Quem te conhece bem deve te rejeitar com disgosto,

Degradada massa de poeira viva!

Teu amor é luxúria, tua amizade é inteira uma ilusão,

Tua língua é hipocrisia, tuas palavras, decepção!

Vil por natureza, nobre apenas pelo nome,

Cada irmão sevagem pode te fazer corar de vergonha.

Vós, que, porventura, contemplais esta simples urna,

Ficais sabendo
– não homenageia ninguém que desejais prantear.

Para marcar os restos mortais de um amigo estas pedras se levantam;

Nunca conheci nenhum, exceto um – e aqui ele descansa.”

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