22 novembro, 2008

Na aposentadoria, cadela leva vida de princesa













Princesa é uma cadela de sorte. Apesar de já estar na maturidade para o mundo canino, com 10 anos de idade, só agora conseguiu descobrir o que é ser amada e querida por um dono, ou melhor, duas donas.
Mas nunca é tarde para dar carinho e atenção a um bichinho de estimação. Foi o que pensou a paulista Danielle Sanches, 25, quando encontrou a daschund na estação de trem de Osasco num dia frio do mês de maio de 2008.
"Ela estava lá sem se mexer. Observei por dois dias e tive certeza de que tinha sido abandonada, já que não ia embora dali", explica a dona, lembrando que cães normalmente ficam no mesmo lugar por dias quando estão desamparados.
Como a mãe de Danielle não queria ter animais em casa, ela procurou pela internet alguém que pudesse adotar a cadela por alguns meses, enquanto Princesa se recuperava e a nova dona preparava seu casamento --e a casa onde ia morar com o marido e a cadela.
"Ela estava com tumores em todas as mamas e com pedras na bexiga. Em seis horas de cirurgia, o veterinário retirou 32 pedras", conta, ainda espantada, a dona.
Princesa se recuperou bem e hoje passa os dias da semana com Gislaine Lopes --a primeira a adotá-la-e-- os finais de semana com Danielle. "Ela é uma cachorra muito inteligente. Não é necessário dizer "não" mais de uma vez, e sempre que a chamamos ela vem, toda contente".
Depois de ter sofrido tanto, hoje Princesa tem lá seus luxos e aproveita bem a mordomia que tem. Acostumou-se com a papinha de farinha láctea que tomava enquanto se recuperava da cirurgia e, quando Danielle está na cozinha, fica olhando com cara de quem está pedindo alguma coisa, além de se jogar no colo das pessoas pedindo carinho.
"Nós a mimamos muito, às vezes até demais; mas eu e a Gislaine decidimos que ela já tinha sofrido o bastante e que agora, na "aposentadoria", ela teria vida de princesa, mesmo".